Um alto responsável das autoridades paquistanesas, que não se quis identificar, afirmou à France Press que o sismo que abateu sábado sobre o Paquistão, a Índia e o Afeganistão poderá ter feito 40.000 mortos e mais de 60.000 feridos.

O último balanço oficial dá conta de 20.745 mortos e 46.119 feridos no Paquistão. Na Índia, o sismo teve menos impacto e fez 750 mortos confirmados, mas suspeita-se que sejam mais de duas mil as vítimas mortais.

Foi o maior terramoto dos últimos 100 anos no Paquistão. O sismo atingiu a magnitude de 7,6 na escala de Richter.

Uma fonte militar disse que uma “geração inteira” se perdeu nas áreas mais atingidas pelo terramoto, que, segundo uma fonte do governo da Caxemira paquistanesa, são Muzaffarabad, Rawalakot e Bagh.

O general Shaukat Sultan, citado pela France Press, afirmou que as crianças foram as principais vítimas. Muitas morreram quando as escolas ruíram.

Ajuda internacional começa a chegar

Os jornalistas presentes no local dizem que a raiva está a crescer em algumas comunidades, que desesperam por ajuda e pela procura dos sobreviventes.

A ajuda internacional começou a chegar segunda-feira, dois dias depois da tragédia.

O apoio chega um dia depois do presidente paquistanês Pervez Musharraf ter pedido ajuda internacional para que os equipamentos de socorro e bens de primeira necessidade chegassem às dezenas de milhares de vítimas.

Há muitos sobreviventes que desesperam pela ajuda governamental, que ainda não chegou a muitas áreas afectadas.

As Nações Unidas estimaram segunda-feira que o terramoto deixou dois milhões e 500 mil pessoas sem tecto.

Há notícias de roubos de estabelecimentos comerciais e casas abandonadas.

Pedro Rios