Os números avançados pela imprensa portuguesa hoje, segunda-feira, sobre a gripe das aves não são novos e traçam apenas o pior cenário estudado. Quem o diz é o coordenador da Unidade de Emergência de Saúde Pública da Direcção-Geral de Saúde, Mário Carreira.
Segundo o médico, os cenários em que se coloca a possibilidade de virem a morrer milhares de pessoas em Portugal já foram apresentados em Julho num estudo do Observatório Nacional de Saúde, afecto ao Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.
Mário Carreira frisa ao JPN que os estudos já apresentados apenas traçam modelos de mortalidades feitos para preparar uma resposta adequada por parte das entidades de saúde, em caso da gripe das aves atingir Portugal.
O médico de saúde pública acusa ainda a imprensa de ser responsável pelo alarmismo, quando os números já estavam disponíveis há meses.
“Ninguém sabe qual pode ser a dimensão da gripe” se chegar a Portugal, esclarece. Os cenários estudados são feitos tendo em conta as três pandemias que tiveram lugar no século XX (em 1918, 1957 e 1968).
