O Ministério da Ciência, Tencologia e Ensino Superior vai dispôr de uma verba maior no Orçamento de Estado, relativamente ao ano passado. No total, o ministro Mariano Gago terá 2219,7 milhões de euros, o que corresponde a 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) e a 4,1% das despesas da Administração Central. A despesa consolidada desta pasta sobe 6,3% em relação à estimativa de execução deste ano.

Cortes nos serviços sociais

A prioridade do OE ontem apresentado é de reforçar o investimento na ciência e tecnologia. A Fundação para a Ciência e Tecnologia vê o seu orçamento subir 15,6%.

A UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento contará com um aumento de 249,5% face aos números de 2005. E a compra de computadores será alvo de uma redução fiscal até 250 euros.

Por outro lado, é esperada uma redução nas despesas de investimento para o ensino superior e dos serviços de acção social das universidades e politécnicos. Mariano Gago quer ainda rever o estatuto de bolseiro e introduzir indicadores para calcular o financiamento da acção social universitária.

Os cortes nos serviços já haviam sido criticados pela Associção Académica de Coimbra que convocou uma manifestação nacional para 9 de Novembro em Lisboa.

Pedro Sales Dias
Foto: Ordem dos Advogados