A greve dos serviços judiciais começou ontem e prolonga-se até amanhã. Segundo os sindicatos do sector, a paralisação de hoje ronda os 100% nas diversas repartições e tribunais.

Para o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, os motivos são “a persistente hostilização e desconsideração por parte do Governo relativamente aos tribunais e aos seus profissionais” e ” a ofensiva injustificada, injusta e desproporcionada ao estatuto sócio-profissional dos magistrados”.

Por sua vez, a Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) aponta como causas da greve a diminuição das férias judiciais, o “congelamento da progressão nas carreiras”, o fim dos “suplementos remuneratórios” e o incumprimento, por parte do Governo, dos “compromissos escritos e firmados com a ASJP.”

De acordo com o Jornal de Notícias, as reinvidicações do Sindicato dos Funcionários Judiciais relacionam-se com a falta de funcionários, as más condições de trabalho, a falta de formação e a escassez de equipamento informático.

O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública manifestam-se “contra a alteração do Estatuto de Aposentação”, que levou à alteração da “contagem do tempo de serviço mínimo, o cálculo da pensão de aposentação, os tempos acrescidos e a discriminação de acesso aos Serviços Sociais” do Ministério da Justiça.

Lília Marques
Maria João Sousa
Mónica Carvalho