O senhor que dá pelo nome de Bill Frisell faz da guitarra o que quer, e por isso mesmo ganhou o Grammy para “Melhor Álbum de Jazz Contemporâneo” de 2005 com o seu último trabalho de originais, “Unspeakable”.

A produção é de Hal Willner e entre os convidados figuram os nomes de Tony Scherr, Kenny Wollesen, Don Alias e Hank Roberts.

As actuações de Frisell falam por si, e espera-se isso mesmo para o concerto de hoje, segunda-feira, na Casa da Música (CM), no Porto, que servirá de apresentação de “Unspeakable”. O espectáculo tem início marcado para as 22h00, na Sala 1, e está inserido no ciclo “Novas Músicas“.

A versatilidade é uma das características mais marcantes do norte-americano e a que lhe permite explorar diversos registos sonoros. Por conta disso, já houve quem dissesse que o som que Frisell consegue arrancar da guitarra se assemelha ao de um saxofone.

Considerado um dos melhores músicos de jazz contemporâneos, Bill Frisell colaborou com John Zorn, que esteve recentemente no mesmo ciclo da CM, Elvis Costello, Marianne Faithful, tendo participado na banda sonora de “Million Dollar Hotel”, de Wim Wenders.

Em 1996, “Quartet” valeu-lhe um Deutsche Schallplattenpreis, o equivalente alemão ao Grammy.

Depois de ter integrado bandas rock e R&B, Frisell descobre o jazz com a música do guitarrista Wes Montgomery (1925-1968). Porém, o guitarrista norte-americano não viria a pôr de lado as suas primeiras influências. Pelo contrário: não as desperdiçou e tratou de integrá-las na sua música, onde cabem ainda os ritmos country e blues.

Ana Correia Costa
Foto: DR