A greve nacional dos professores de hoje levou ao encerramento de 42% dos jardins-de-infância e escolas do ensino básico e secundário, segundo dados do Ministério da Educação (ME).

O adjunto da ministra da Educação, António Ramos André, informou que a percentagem de professores que faltaram hoje, por motivos de greve ou outros, varia entre os 23% e os 51%.

Nas contas da Federação Nacional de Professores (Fenprof) e do Sindicato Nacional e Democrático de Professores (Sindep), as duas estruturas sindicais que convocaram a paralisação, a greve ultrapassou os 80% a nível nacional. Segundo as federações sindicais, a zona Norte do país foi a que registou maior adesão, com uma participação superior a 90%

A greve foi mais sentida nas escolas básicas de 2º e 3º ciclo e “claramente inferior” nas escolas secundárias, disse António Avelãs, da Fenprof, à agência Lusa, que considera a adesão ao protesto “espantosa”.

Fenprof e Sindep protestam contra o alargamento do horário do primeiro ciclo, a reorganização da componente não lectiva e dos horários escolares, bem como o aumento da idade de reforma e o congelamento temporário das progressões nas carreiras, medidas que afectarão toda a Função Pública.

Segundo o ME, a greve afectou sobretudo as escolas do primeiro ciclo e os jardins-de-infância, com 36,9% a fecharem as portas. A região do Algarve registou o maior número de encerramento de estabelecimentos destes níveis de ensino (46%). Seguem-se Lisboa e Alentejo, com 38% cada.

Apenas 5,1% dos estabelecimentos do segundo e terceiro ciclo fecharam devido ao protesto.

Pedro Rios
c/ Lusa