O fundador de uma das mais antigas e reputadas galerias de arte do país – a Galeria 111 – morreu hoje, terça-feira. Manuel de Brito tinha 77 anos e era presidente da Associação Portuguesa de Galerias de Arte.

Brito fundou a Galeria 111 em 1964, em Lisboa, tendo dirigido este espaço por mais de 40 anos. Lançou vários artistas portugueses, como Graça Morais. No início da sua actividade, a 111 mostrou trabalhos de artistas que, até então, nunca tinham exposto, como Álvaro Lapa, Joaquim Bravo ou António Sena.

Outros artistas em início de carreira viriam ainda a expôr naquele espaço, como Eduardo Batarda, Manuel Baptista, René Bertholo, Noronha da Costa, João Cutileiro ou José Rodrigues.

Mais tarde, vários artistas já consagrados viriam a mostrar os seus trabalhos na Galeria 111. Foi o caso de António Dacosta, Menez, Júlioo Pomar, Paula Rego e Maria Helena Vieira da Silva, entre outros.

Actualmente, a 111 representa Eduardo Batarda, Miguel Telles da Gama, Graça Morais, Júlio Pomar, Paula Rego, Bartolomeu dos Santos, Urbano, Joana Vasconcelos, Ana Vidigal, Lourdes de Castro, Pedro Avelar e Fátima Mendonça.

Em 1971, a 111 abre no Porto um segundo espaço sob a designação de Galeria Zen. Só em 1996, e depois de uma reestruturação, o espaço muda para o nome de Galeria 111.

Actualmente, a 111 do Porto está instalada num edifício recuperado de cinco andares, em frente ao Palácio de Cristal, onde existe, além dos espaço de exposições, uma zona residencial reservada para a administração (onde ficava instalado Manuel de Brito quando se deslocava ao Porto) e para os artistas em cartaz.

Ana Correia Costa
Foto: DR