O Irão enviou hoje, segunda-feira, uma carta à Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) a comunicar que o país vai recomeçar o enriquecimento de urânio. Foi Ali Larijani que o garantiu hoje, em declarações à agência de notícias Isna.
É a resposta de Teerão à decisão da AIEA de enviar o assunto para o Conselho de Segurança da ONU. O Irão vai deixar também de permitir a vigilância da AIEA relativamente às suas actividades neste domínio.
Segundo Teerão, o enriquecimento de urânio serve apenas um fim pacífico – a produção de electricidade -, mas o mesmo processo é também utilizado para a criação de armas nucleares. Os países ocidentais temem que as intenções iranianas não sejam pacíficas e têm pressionado Teerão para abandonar o seu programa nuclear.
“Os que planearam a reunião de governadores da AIEA contra o Irão devem pagar pelo seu comportamento”, disse Ali Larijani.
Numa entrevista ao jornal alemão “Handelslatt”, o secretário da Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld, disse que “todas as opções, incluindo a militar, estão em cima da mesa” para resolver o problema do Irão.
Larijani disse à agência Isna que Teerão não receia a acção militar. “Todos os especialistas dizem que apesar de existir uma possibilidade mínima, ninguém arriscaria atacar o Irão”, disse.
Preços do petróleo sobem
O envolvimento do Conselho de Segurança da ONU no dossiê iraniano levou ao aumento do preço do petróleo. Em Nova Iorque, o petróleo está a ser negociado a 66,95 dólares por barril, registando um aumento de 58 cêntimos. Em Londres, o IPE Brent, crude de referência para a Europa, é transaccionado a 63,68 dólares por barril, uma subida de 82 cêntimos.
