Rui Rio foi constituído arguido devido ao caso das obras do Túnel de Ceuta.

À saída do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP), onde foi ouvido esta manhã, o presidente da Câmara do Porto, citado pela Lusa, afirmou que “pode ser potencialmente acusado pelo Ministério Público de ter desrespeitado o embargo à obra [do Túnel] e ter lesado o Museu Soares dos Reis”.

A obra foi embargada pelo Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) por a saída do túnel se encontrar na zona de protecção do Museu Nacional Soares dos Reis, mas a autarquia continuou os trabalhos.

Entretanto, autarquia e IPPAR acordaram uma solução consensual. Na apresentação do projecto, o presidente do IPPAR, Elísio Summavielle, disse que mandava o “bom senso” que fossem retiradas as acções legais movidas pela Câmara e pelo IPPAR no decorrer do braço de ferro.

Falando na sessão pública camarária desta manhã, o vice-presidente da autarquia, Álvaro Castelo Branco, informou que Rui Rio não presidiria à sessão por ter sido chamado ao DIAP do Porto para ser constituído arguido. Os motivos do processo ainda não eram conhecidos.

A assessora de imprensa da câmara, Florbela Guedes, tinha afirmado à Lusa que a notificação não indicava os motivos pelos quais Rui Rio foi chamado ao DIAP e constituído arguido.

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Foto: Rita Braga/Arquivo JPN