O Ministério da Educação e as Escolas Superiores de Educação assinam hoje, quinta-feira, um protocolo que prevê a criação de um programa de formação contínua para professores do 1º ciclo na área das tecnologias de informação.

O objectivo passa pela atribuição de competências básicas aos docentes ao nível das novas tecnologias, para que estes consigam utilizá-las sem problemas nas salas de aula. Ao todo o plano de formação abrange 30 mil professores do ensino primário.

As tarefas previstas pelo programa passam pelo domínio de coisas simples como o processamento de texto e a utilização de um sistema operativo e da Internet.

O programa está pensado de forma a abranger as 7.500 escolas primárias de Portugal Continental. Para tal, as Escolas Superiores de Educação ficarão encarregues de promover quatro acções de formação nos estabelecimentos de ensino do seu distrito. Depois, todos os docentes deverão saber realizar as tarefas leccionadas, sendo sujeitos a um teste prático de uma hora caso queiram que a sua competência seja certificada.

A ser assinado pela ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, e pelas Escolas Superiores de Educação dos 18 distritos do Continente, o projecto insere-se no âmbito do POSI (Programa Operacional para a Sociedade da Informação) e conta com um orçamento de 5,3 milhões de euros em fundos comunitários. Mariano Gago, ministro da Ciência, responsável pelos fundos, também estará presente na assinatura do protocolo.

Esta é uma prioridade que o Governo entendeu necessária, depois de conseguida a instalação de computadores e da ligação em banda larga nas escolas.

Os docentes não serão forçados a frequentar as acções de formação, que terão, contudo, um peso relativo para a sua avaliação e, por conseguinte, para a sua ascensão na carreira a partir de 2007.

Os ministérios da Educação e da Ciência querem que as acções de formação, que duram até Junho, tenham seguimento em novos projectos semelhantes nos próximos anos lectivos.

Rita Pinheiro Braga
Foto: SXC