Imigrantes aproveitaram atentados para regularizar a sua situação em Espanha. Centenas estão a ser investigadas pelas autoridades.

As autoridades espanholas estão a investigar centenas de imigrantes ilegais suspeitos de se fazerem passar por vítimas dos atentados de 11 de Março para regularizarem a sua situação em Espanha.

Na altura dos atentados, as autoridades decidiram regularizar a situação de todos os imigrantes ilegais feridos nas explosões, assim como a das famílias das vítimas que não sobreviveram.

Os médicos forenses já analisaram quase 2.600 casos, dos quais 621 estão agora a ser reavaliados. Há fortes suspeitas de que 466 tenham simulado os seus ferimentos.

Segundo os investigadores, as análises forenses e os depoimentos das testemunhas permitiram constatar “falta de nexo causal” em 146 situações e outros 192 casos foram já remetidos aos tribunais sob suspeita de “delito de simulação”.

Nos atentados de Madrid, de acordo com os dados oficiais, morreram 16 romenos, seis equatorianos, quatro búlgaros, quatro polacos, quatro peruanos, três marroquinos, dois colombianos, dois dominicanos, dois hondurenhos, dois ucranianos, um cubano, um chileno, um brasileiro, um filipino, um francês e um cidadão da Guiné-Bissau.

Inês Castanheira