O défice da balança comercial portuguesa aumentou 10,6% no ano passado. A variação do défice é em grande parte justificada pelo forte aumento das importações em 13,9%, com as saídas e as entradas a registarem aumentos de 2,6% e de 5,5%, respectivamente, segundo indicou [PDF] hoje, sexta-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE).

O aumento das importações de combustíveis e lubrificantes em 40,8%, assim como de máquinas e outros bens de capital, perfizeram um acréscimo de 4,5% nas entradas.

No lado das saídas, no sector de fornecimentos industriais destacaram-se o crescimento dos produtos primários (13,7%) e no grupo do material de transporte. Neste grupo, é de assinalar o crescimento positivo de 1,3% nos automóveis para transporte de passageiros.

Os resultados acumulados do comércio intracomunitário revelam que, no período em análise, houve um crescimento de 1,5% nas expedições e de 3,1% nas chegadas.

No comércio extracomunitário as exportações apresentam um acréscimo de 7,2% enquanto que as importações aumentam 13,9%. Para o comportamento das importações contribuiu sobretudo o aumento do grupo dos combustíveis.

No entanto, segundo o mesmo estudo, a economia cresceu 0,3% no ano passado, o que constitui um ligeiro decréscimo no ritmo de crescimento em relação ano anterior.

O valor nominal do PIB em 2005 totalizou 147.249 milhões de euros.

André Sá
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