O concelho da Maia, com cerca de 130 mil habitantes, vai ter uma unidade hospitalar privada em 2008. O projecto foi viabilizado através de uma parceria entre a Câmara Municipal, a Santa Casa da Misericórdia da Maia e um consórcio constituído pelos investidores privados Grupo Português de Saúde, Real Seguros e a imobiliária Mergarden.

Em declarações ao JPN, Álvaro Braga Júnior, assessor de imprensa da autarquia maiata, explicou que “o projecto não inclui só o hospital. É antes um parque de saúde com uma residência assistida, com quartos, espaços de lazer e grande oferta de serviços, desde alimentação a cuidados hospitalares”. O Parque de Saúde da Maia será gerido pela Santa Casa da Misericórdia.

O porta-voz realça que “este não é um hospital central, é um hospital privado”, mas acredita que “vai aliviar a pressão existente nos hospitais centrais da área metropolitana do Porto. Certamente vai servir habitantes de Vila do Conde, Matosinhos e até do Porto”. O hospital da Maia contará ainda com “um pequeno serviço de urgência, em que os casos mais graves serão reencaminhados para os hospitais centrais”, explica Álvaro Braga Júnior.

Hospital será “sonho concretizado”

Um pólo cardiovascular, inédito no Norte do país, um centro de imagiologia, a especialização em ambulatório, diálise e um centro de manutenção física e reabilitação são as mais valias apontadas pelo assessor da autarquia da Maia ao futuro hospital. “A Maia não tinha um hospital, é um sonho antigo que vai ser concretizado. Isso é uma mais-valia absoluta”, acrescenta.

O hospital vai ter cinco pisos e capacidade para 120 camas. O complexo de saúde será construído na freguesia de Moreira, com acesso rápido ao IC24 (Circular Regional Externa do Grande Porto). O terreno, de 40 mil metros quadrados, foi doado pela autarquia à Santa Casa da Misericórdia.

Na apresentação do projecto, ontem, quinta-feira, em Moreira, o presidente do município maiato, Bragança Fernandes, anunciou que a construção do hospital vai arrancar ainda este ano.

Andreia C. Faria
Foto: Pedro Rios/Arquivo JPN