Em Portugal, em média, morrem três pessoas por dia vítimas de acidentes rodoviários, 12 ficam gravemente feridas, 140 com ferimentos ligeiros. Foi esta a mensagem deixada ontem, domingo, em todos os lugares da sala 1 da Casa da Música, no Porto, e o mote para o concerto de Maria João e Mário Laginha, acompanhados pela Orquestra Clássica de Espinho.

Antes do concerto foi lido um comunicado do Grupo de Trauma que falava do elevado número de vítimas deste flagelo no nosso país e no qual se exigia um plano nacional de protecção rodoviária. As receitas do evento reverteram para duas unidades de recuperação no Hospital Rorrisco Paes e no Hospital do Alcoitão.

Num concerto marcado pela cumplicidade, Maria João e Mário Laginha revisitaram alguns dos seus trabalhos mais significativos. A selecção incluiu temas mais melódicos, bem como outros, mais dançantes. A audiência foi reagindo, ora com emoção, ora com gargalhadas, tendo surgido uma afinidade entre os intérpretes e o público.

O concerto ganhou um certo carácter intimista e no final o duo foi aplaudido de pé. “Beatriz” e o improviso vocal da cantora em “Várias danças” foram alguns dos momentos altos da noite.

No final, e já com a audiência completamente rendida, foi chamado ao palco Salvador Massada, presidente do Grupo Trauma, que agradeceu a adesão do público.

Sónia Santos
Foto: Rita Pinheiro Braga