A região do Norte do país deverá conseguir níveis de produtividade e crescimento acima da média do país. Quem o diz é Carlos Lage, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).

Lage falava à imprensa, após a reunião de hoje, terça-feira, para apresentação das orientações do Governo no âmbito da definição do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), em que esteve também presente o ministro do Ambiente Francisco Nunes Correia.

Da reunião, vedada à imprensa, foi possível apurar que a CCDR-N já tem estratégias definidas quanto às políticas de gestão de fundos comunitários, assim como as perspectivas financeiras aprovadas para os quadros nacionais e regionais.

A região norte de Portugal irá receber fundos comunitários equivalentes a 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e entre 2,5 e 3% do PIB da região. Tal significa que a produtividade do norte do país irá crescer numa ordem de 1% acima da média nacional.

Para um bom aproveitamento dos elevados fundos comunitários a atribuir, o ministro do Ambiente, Francisco Nunes Correia, frisou que deve ser dado um maior apoio a projectos de abrangência nacional, contra a disseminação de pequenos projectos.

Nunes Correia rejeitou o cenário de centralização e referiu que “as câmaras continuarão a possuir um papel importante, mas as associações serão também mais apoiadas”. O ministro do Ambiente acentuou que “não lhe chamaria centralização. É preferível poucos projectos mas bons. É preferível o apoio a projectos de maior escala”.

Também Carlos Lage fez questão em frisar que o segundo objectivo principal da CCDR-N é “fomentar a coesão territorial e social”.

André Sá
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