O credito clássico concedido para financiar aquisição de bens ou serviços cresceu 5% em 2005 enquanto o incumprimento do pagamento decresceu 1,1%. Os números foram hoje, quarta-feira, disponibilizados pela Associação de Sociedades Financeiras para Aquisições a Crédito (ASFAC) e indicam um crescimento lento e sustentado da capacidade de requerimento de crédito pelos portugueses.

A secretária-geral da ASFAC, Susana Albuquerque, disse ao JPN que o endividamento tem crescido de forma lenta e sustentada, a par do rácio de endividamento, isto é, o valor total das dívidas a saldar. A dirigente da ASFAC fez questão de esclarecer que “os célebres 118% de endividamento familiar significam que se um português tivesse que pagar tudo o que deve num ano, as dívidas ascenderiam a 118% do que ganhou nesse período”.

Já a taxa de esforço, isto é, o endividamento de acordo com a capacidade financeira, tem-se mantido nos 25%, o que, segundo Susana Alburquerque, é um nível razoável que denota uma boa gestão do crédito pelos portugueses e “uma maior maturidade ao lidar com o mercado de crédito”.

A ASFAC compilou estatísticas de acordo com dados obtidos nos pontos de venda que estão associados a instituições de crédito. O objectivo do pedido de crédito incide maioritariamente no mercado automóvel, seguido de compra de equipamentos para o lar, como móveis e electrodomésticos.

André Sá
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