“A reorganização dos horários [dos Bombeiros Sapadores do Porto] não diminui a segurança dos cidadãos”, afirmou o vereador das Actividades Económicas e Protecção Civil, Sampaio Pimentel, em resposta às críticas da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP).
Num encontro com jornalistas, realizado horas depois da conferência de imprensa da ANBP, Sampaio Pimentel justificou a redução de efectivos e de horas de trabalho dos sapadores como uma forma de lhes preservar a “disponibilidade física e psíquica”.
O vereador reiterou que os protocolos ontem assinados pela autarquia e pelas associações de bombeiros Voluntários do Porto e Voluntários Portuenses vão “resolver o défice de pessoal e reduzir o excesso de horas extraordinárias” dos bombeiros sapadores.
Se até ontem os bombeiros profissionais do Porto tinham direito ao pagamento de 28 horas extraordinárias, com as mudanças ontem implementadas cada bombeiro receberá apenas uma. Situação que Pimentel não considera fazer pôr em causa a segurança pública.
“Agora, o Batalhão [de Bombeiros Sapadores do Porto] vai focar-se nas actividades operacionais (como os fogos, explosões, desastres e situações de perigo iminente) enquanto as actividades complementares (transporte de feridos, salvamento de animais ou abertura de portas) serão para os voluntários”, rematou.
Vereador diz que não agiu de “má fé”
Sampaio Pimentel diz que o Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais “teve oportunidade de se pronunciar”, recusando a crítica lançada por Fernando Curto de ter agido de “má fé”.
O dirigente da ANPB acusou o vereador de ter aprovado as mudanças nos Bombeiros Sapadores sem os ter ouvido antes. Ao que o vereador responde: “A Câmara não pode fazer depender a agenda da ANPB ou dos sindicatos”.
