350 a 400 bombeiros sapadores de todo o país juntam-se, a partir das 15h30, em frente da Câmara do Porto. A iniciativa pretende mostrar a preocupação dos bombeiros sapadores pela “segurança dos munícipes”, explica ao JPN o presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP), Fernando Curto.
Em causa está a alteração dos horários de trabalho dos sapadores do Porto e os protocolos assinados entre a autarquia e os bombeiros voluntários da cidade, na semana passada.
Os bombeiros vão entregar um caderno reivindicativo ao presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, onde “reforçam a proposta de um horário que não reduza o efectivo”, em oposição à mudança para cinco turnos já aprovada.
Fernando Curto enumera outras preocupações presentes no documento, como os problemas na “organização do socorro, dificultada pela redução do número de bombeiros” ou a impossibilidade de reacção dos profissionais no caso de acidentes com cisternas. “Diariamente, circulam na cidade dezenas de cisternas com substâncias altamente tóxicas. No caso de acidente, são precisos 30 homens, mas agora só temos 24 bombeiros por turno”, explica ao JPN.
A manifestação, que conta também com uma marcha pelas ruas do Porto, não será a única medida de protesto. Fernando Curto diz ter pedido duas audiências para esta semana, uma com todos os deputados da autarquia portuense e outra com o ministro da Admnistração Interna.
O vereador das Actividades Económicas e Protecção Civil já disse que “a reorganização dos horários [dos Bombeiros Sapadores do Porto] não diminui a segurança dos cidadãos”. Segundo Sampaio Pimentel, os bombeiros voluntários ajudarão os sapadores apenas nas actividades complementares, como o transporte de feridos, salvamento de animais ou abertura de portas.