Os contornos da missão portuguesa no País do Cedro vão ser decididos amanhã, quarta-feira, na reunião extraordinária do Conselho Superior de Defesa Nacional, convocada ontem pelo Comandante Supremo das Forças Armadas, Cavaco Silva.

O Presidente da República considera “absolutamente natural” que Portugal se tenha disponibilizado para enviar militares para o Líbano. “Portugal não pode deixar de ser sensível ao apelo do secretário-geral das Nações Unidas dirigido à União Europeia”, afirmou Cavaco Silva, ontem, à saída da cerimónia de apresentação do novo passaporte electrónico.

O Chefe de Estado recordou ainda que Portugal tem sido “solidário em muitas situações de crise, como prova a presença das Forças Armadas em vários teatros de operações”.

Na edição de hoje do Jornal de Notícias, fontes militares adiantam que o Exército espera ter a força pronta para a missão no Líbano num prazo de dois meses, a partir do momento em que o poder político decida o envolvimento nacional.

Os cenários avançados pela imprensa têm sido o envio de uma companhia mecanizada ou de uma companhia de engenharia. Assim que a decisão política seja tomada, o Exército conta enviar ao teatro de operações uma delegação de oficiais para o reconhecimento do terreno.

Kofi Annan visita Israel para reforçar cessar-fogo

O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, chegou hoje a Naqura, no sul do Líbano, onde está sedeado o quartel-general da Força Interina das Nações Unidas no Líbano. Ao segundo dia de digressão pelo Médio Oriente, Kofi Annan deverá ir, ainda hoje, a Israel, com o objectivo reforçar a trégua entre os israelitas e os guerrilheiros do Hezbollah.

Carina Branco c/ Agências

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