Márcia Vaz terminou o curso de Engenharia Civil na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) em Julho. Começou há duas semanas a procurar um estágio profissional e aproveita o Fórum Emprego para “ver se surge alguma oportunidade”. O evento começou hoje, segunda-feira, e prolonga-se até quinta, promovendo a aproximação entre os estudantes da FEUP e 35 entidades, a maioria das quais empresas.

Para Márcia Vaz, o Fórum Emprego é uma “oportunidade” para encontrar estágio na área da reabilitação de estruturas e edifícios, já que a maioria dos anúncios nos jornais “pede um ou dois anos de experiência”. No entanto, a recém-licenciada não teme o desemprego, que parece ainda não afectar esta área. “Há bastantes propostas [de emprego]. Os meus amigos que terminaram o curso no ano passado estão todos colocados”, aponta.

“Ainda não se sente muito o medo do desemprego”, diz Martinho Moreira, aluno do 5º ano de Engenharia Electrotécnica e de Computadores. Encontrar o primeiro emprego é tarefa que demora “no máximo três meses”, estima o estudante, que frequenta o Fórum Emprego para “conhecer novas empresas e sectores”, perceber melhor os “processos de selecção” e deixar já dados e currículos em eventuais empregadores.

Adesão “fraca” no primeiro dia

Para as empresas, marcar presença no Fórum Emprego é um “misto de visibilidade com política de recrutamento”. A explicação de Luís Grave, da Critical Software, é comum às outras empresas ouvidas pelo JPN. Mário Carvalho, responsável pelos recursos humanos na Afaconsult, refere que o objectivo da presença da empresa de serviços de engenharia no evento “é mais estratégico do que prático”, permitindo dar “visibilidade” e criar uma “rede de contactos”.

“Marcamos presença no mercado de emprego que nos interessa, o dos licenciados”, diz Mário Carvalho, que considera “positivo” o primeiro dia de Fórum. “Há muita curiosidade dos alunos. Recolhem informações da empresa, deixam currículos”, conta. Já Cristina Morais, da Efacec, lamenta a pouca adesão dos alunos. “É o primeiro dia, talvez nos últimos dias haja mais”, afirma. Luís Grave também refere que a receptividade do “stand” da Critical Software foi “fraca”.

Além do “Espaço Empresas”, o Fórum Emprego organiza conferências, “workshops” e debates sobre as temáticas do emprego, empreendedorismo e criação de “spin-off”, com cerca de 60 oradores, de 70 empresas e outras entidades.

Amanhã, há conferências sobre programas de estágios internacionais, experiências de trabalho no estrangeiro e energias renováveis, bem como “workshops” em torno da procura de emprego.

Texto e foto: Pedro Rios
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