O Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) 2006 defende um Plano de Acção Global, liderado pelos países do G8, que concentre os esforços para a mobilização dos recursos e coloque a água e o saneamento no centro da agenda de desenvolvimento.

Neste plano, a água deveria ser considerada um direito humano básico. “Todos deveriam dispor de pelo menos 20 litros de água por dia, e as pessoas pobres deveriam obtê-la gratuitamente”, recomenda o relatório.

Estabelecer um limite mínimo para os investimentos públicos neste domínio é outra das propostas fixadas no texto, que refere que “os governos deveriam ter como objectivo um mínimo de 1% do Produto Interno Bruto para a água e o saneamento”. Esses investimentos devem seguir um plano nacional, com estratégias bem definidas, para acelerar o progresso nessa área.

A falta de água não é decorrente da escassez mas antes da má gestão dos recursos hídricos, sustenta o relatório. “A maioria dos países dispõe de água suficiente para satisfazer as necessidades domésticas, industriais, agrícolas e ambientais. O problema está na gestão”.

Joana Vasconcelos
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Foto: ONU