Desde as 8h desta manhã, que alunos, professores e funcionários da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL) protestam, em frente aos portões da escola, contra o mau estado em que se encontra o edíficio, exigindo maiores condições de segurança.

A queda de uma “porta de vidro com dois metros de altura” em cima de uma aluna italiana, segunda-feira, foi o incidente que levou a Associação de Estudantes (AE) da FBAUL a tomar uma “atitude mais radical”, explicou Sara Coelho ao JPN.

A manifestação junta cerca de 150 protestantes, segundo a membro da AE. O edício do século XVIII está “velho e degradado” e “as infiltrações nos tectos e buracos nas paredes são uma constante”. É comum cairem pedaços do tecto, descreve.

Sara Coelho afirma que “há quatro anos que não se faz nada, nem remodelações nem obras de raiz”. “A situação agravou-se ainda mais com as obras da linha de metro Baixa-Chiado. As trepidações são tão frequentes que a faculdade vai, literalmente, afundando”.

Todas as tentativas anteriores de pressionar a direcção “não obtiveram qualquer resultado”. Mas, devido às proporções da manifestação de hoje, “a AE recebeu um telefonema do reitor da Universidade de Lisboa a marcar uma reunião para as 12h”.

Alunos, professores e funcionários garantem prolongar as manifestações “se não forem tomadas medidas concretas quanto à recuperação do edício em condições seguras”.

Segundo a TSF, o reitor da Universidade de Lisboa, Sampaio da Nóvoa, já disse que o edifício da FBAUL não corre perigo iminente de acidente, mas sublinhou que mandará fechá-la de imediato se isso acontecer.

Sandra Pinto
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Foto: DR