É o primeiro livro sobre o fenómeno editado em Portugal. Júlio Morgado, autor de “Swing”, é um entendido nesta realidade sexual e sociológica que está a expandir-se em Portugal.

O autor teve acesso à comunidade “swinger” através de dois casais, cujas experiências e história são relatados no livro, que é apresentado amanhã, às 21h30, na livraria Bertrand das Antas, no Porto, e sexta-feira, às 21h30, na Bertrand Picoas, em Lisboa.

Júlio Morgado explora a temática do “swing” sob uma perspectiva académica e apresenta esta realidade, que consiste na prática livre de sexo entre casais e solteiros. Para o escritor, “o livro vai ajudar as pessoas a compreender melhor o funcionamento da comunidade ‘swinger’ e a vencer os seus preconceitos”.

Diz-se que há milhões de adeptos do “swing” em todo o Mundo e cerca de cinco mil praticantes em Portugal. A comunidade “swinger” é uma sociedade paralela, mas não é de forma alguma uma sociedade obscura.

“Está a haver uma grande expansão do ‘swing’ em Portugal, embora muito timidamente”, aponta Júlio Morgado, que compara Portugal à Bélgica, país com sensivelmente as mesmas dimensões e habitantes, mas onde existem 50 clubes de “swing”, enquanto em Portugal há apenas seis.

Na comunidade “swinger”, os valores sociais não se extinguem; são apenas colmatados e equlibrados por valores de ordem sexual e uma moral diferente.

“Swing”, o livro, quer proporcionar um olhar sobre a prática com base na análise da moralidade, fidelidade, religião, sexualidade e evolução da actividade, entre outras temáticas. “Acho que vai haver uma grande adesão por parte do público, na medida em que é um tema muito mediatizado e que suscita muita curiosidade”, afirma Júlio Morgado.

Joana Vasconcelos
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Cláudia Filipa Castro Reis
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