O funeral de Augusto Pinochet, que decorreu hoje, foi marcado pela tensão e motivou reacções diferentes por parte de nostálgicos e opositores do seu regime.

Os primeiros assobiaram a ministra da Defesa chilena, Vivianne Blanlot, a única representante do governo na cerimónia com honras exclusivamente militares; os segundos lembraram as vítimas do regime na baixa de Santiago.

Cerca de três mil pessoas lembraram o general, falecido no domingo com 91 anos de idade, numa missa solene em memória de Pinochet na Academia Militar de Santiago. O corpo será cremado na cidade de Concon, cem quilómetros a oeste de Santiago.

A ministra da Defesa não cumprimentou os familiares do general e não se aproximou do caixão, noticiam as agências noticiosas.

O general Oscar Izurieta, comandante do Exército, declarou que “é preciso deixar a história fazer um exame objectivo e justo” do regime, enquanto a filha mais nova do ditador, Lúcia, elogiou o pai como um “defensor da liberdade”.

JPN
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