Michael Schumacher, na Fórmula Um, André Agassi e Lindsay Davenport, no ténis, Ian Thorpe, na natação, e Nuno Delgado, no judo, são nomes que os fãs do desporto reconhecem de imediato. Quebraram recordes e inscreveram o seu nome na lista dos melhores de sempre das modalidades a que se dedicaram. Todos anunciaram o fim das suas carreiras em 2006. O que lhes reserva 2007?

Ao mesmo tempo que os melhores tenistas mundiais disputam o Open da Austrália, as ausências de André Agassi, detentor de oito títulos de Grand Slam, e de Lindsay Davenport, vencedora do Slam Australiano em 2000, são notadas nos “courts”.

Em 2007, com alguns jogos de exibição agendados, o “Kid de Las Vegas” vai dedicar-se à Fundação Agassi, que apoia crianças desfavorecidas e lhes proporciona a possibilidade de aprender ténis, e ao desenvolvimento de uma linha de mobiliário. Já Davenport, ex-número um mundial, virou a página e enfrenta este ano um novo desafio: ser mãe.

Também Nuno Delgado abraça um projecto dedicado às crianças. O melhor judoca português de sempre apresentou recentemente a sua escola de judo, que conta já com 12 filiais e 200 alunos. Um projecto cujo objectivo é oferecer condições às crianças para se tornarem grandes atletas.

O desporto automóvel ficou mais pobre em 2006 com o abandono de Michael Schumacher. Contudo, o piloto germânico, sete vezes campeão do mundo, não conseguiu afastar-se da Fórmula Um e este ano desempenhará as funções de consultor da Ferrari.

O cansaço dos treinos diários, a falta de motivação e o esgotamento físico com que Ian Thorpe se debatia desde os Jogos Olímpicos da Atenas 2004 levaram o “Torpedo” a deixar as piscinas para viver uma vida mais normal. Amante do cinema, do bom café, do mar e dos desportos náuticos e apaixonado pelos Simpsons, o australiano, sem planos conhecidos para 2007, terá agora mais tempo para desfrutar destas paixões.

Os cinco atletas estão de acordo num aspecto: embora as saudades da competição sejam muitas, com o fim das carreiras terão finalmente a oportunidade de desfrutar da vida, sem estarem sujeitos a um duro ritmo de treinos diários e às restrições que uma carreira ao mais alto nível impunha.

Ana Sofia Gonçalves
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Foto: SXC