O Joost, o “o primeiro serviço de transmissão de conteúdos televisivos de alta definição pela Internet”, já causou alvoroço entre as emissoras convencionais.

A CBS, ao perceber as potencialidades do projecto, informou que vai transmitir todos os jogos do campeonato de basquetebol universitário pela Web. A revista americana “Wired” considerou Zennström e Friis como “a dupla mais temida do mundo da tecnologia, depois de Larry Page e Sergey Brin, os criadores do Google”.

Apesar das críticas positivas, as opiniões em relação ao Joost divergem. Francisco Rui Cádima, professor do Departamento de Ciências da Comunicação da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, mostra-se mais céptico. “Vejo estas novas tecnologias e estes novos projectos sobre IP como uma espécie de ‘proto-história’ da era da ‘pós-televisão’, afirmou ao JPN.

O estudioso dos “media” acrescenta que “é evidente que, quer no plano da infra-estrutura e das redes, quer no plano conceptual e de formatação para multimédia interactivo dos conteúdos, tudo há a fazer. A rede, mesmo a Web 2.0 optimizada, continua a ser muito insuficiente para o tráfego massivo de imagem de TV e vídeo”.

Para Rui Cádima, há que ter algum cuidado porque a rede não suportaria tal massificação. Daí o cabo e a televisão digital terem ainda uma palavra a dizer no curto e médio prazo. “A ‘imersão’ na interactividade não está para breve”, acrescenta.