Os serviços municipais de protecção civil de Ovar vão acompanhar a evolução do estado do mar, face às marés vivas esperadas entre os dias 18 e 23 deste mês, para evitar estragos como os que aconteceram em Fevereiro em Esmoriz.

A praia de Esmoriz é, precisamente, o ponto central dos cuidados da autarquia, como afirmou à Agência Lusa o vereador responsável pela protecção civil, José Américo.

Contactado pelo JPN, o presidente da Junta de Freguesia de Esmoriz afirma que a intervenção do Instituto da Água (INAG), feita após a investida do mar num bairro piscatório, não foi suficiente. O paredão está “muito degradado”, alerta Alcides Alves.

Segundo o autarca, as pedras que foram colocadas para tapar as duas fendas “estão amontoadas em vez de compactadas.” Deste modo, com a força das marés “as pedras estão a soltar-se, o mar leva-as e depois trá-las de novo, destruindo o que resta”.

Esmoriz pede uma defesa mais consolidada e o INAG prometeu a obra para breve. Joaquim Calais, do Gabiente de Comunicação do Ministério do Ambiente, garante que “o INAG continua a fazer um acompanhamento técnico da situação”. Acrescenta que “se houver necessidade, em função das condições climatéricas”, o INAG fará outra intervenção.

Contudo, não está ainda definida uma mudança estrutural para a costa de Esmoriz. A única garantia do instituto é uma especial atenção nesta época de marés vivas.

O presidente da Junta de Esmoriz lembra apenas que “a Natureza não espera” e lamenta que “o conceito de urgência da população não coincida com o do INAG”.