Os vários sindicatos e associações de pesca nacionais decidiram esta quarta-feira colocar um ponto final na paralisação iniciada na passada sexta-feira, aceitando a contra-proposta apresentada pelo Governo. A decisão foi tomada após uma reunião para analisar as medidas apresentadas pelo ministério que tutela o sector das pescas, que durou várias horas.
O ministro da Agricultura e Pescas, Jaime Silva, já tinha aceite, no encontro que teve esta segunda-feira com armadores e pescadores, uma redução, por três meses, da taxa social única, a libertação de uma linha de crédito e uma descida de 2% na taxa que é paga para a comercialização do pescado na Docapesca.
Jaime Silva, à margem da Cimeira da Alimentação que decorre em Roma, afirmou aos jornalistas que as propostas apresentadas pelo Governo aos pescadores terão sido bem aceites.
“Criámos uma linha de crédito para cinco anos, sem juros e com um ano de carência, reduzimos para metade a taxa que as pequenas embarcações a gasolina pagam à Docapesca e vamos discutir com Bruxelas a possibilidade de aplicarmos medidas sociais”, realçou o ministro.
Jaime Silva considerou ainda que que Bruxelas deve aplicar medidas mais flexíveis, que se adeqúem às diversas realidades dos países-membros da União Europeia.