O Ministério Público imputou Guilhermina Rego, vereadora da Câmara Municipal do Porto (CMP), pelos crimes de fraude fiscal e associação criminosa, relacionados com a sua atividade privada em duas empresas. A origem da acusação está num esquema de faturas falsas no setor das sucatas, para permitir a dedução indevida de IVA.
Guilhermina está acusada como admistradora da empresa António da Silva Rego, Importação e Exportação de Metais, SA, na qual terá havido uma dedução indevida de IVA no valor global de 1,7 milhões de euros, entre 2002 e 2003. O processo conta com um total de 22 arguidos, entre os quais 17 pessoas e cinco empresas, sendo que a vereadora está envolvida como co-herdeira de outra empresa.
O Ministério Público avança que Guilhermina Rego e dois irmãos consentiram num plano para ludibriar o fisco de um comerciante de sucatas e de uma gerente, constituindo empresas-fantasma. O esquema incluiu transações intracomunitárias fictícias e envolve o mercado espanhol. O MP dispõe de provas periciais e documentais, tendo sido consultadas 41 testemunhas e especialistas em matéria fiscal.
A vereadora da CMP irá a julgamento no dia 1 de outubro, pelas 9h30 horas, na 1.ª Vara Mista do Tribunal de Gaia.