Fernando Zamith, jornalista e professor no curso de Ciencias da Comunicação da Universidade do Porto (UP) lançou o livro “A contextualização no Ciberjornalismo”, que acaba por demonstrar como a Internet dá “condições fantásticas para fazer jornalismo muito bem contextualizado”.

“O meu livro é, na prática, uma adaptação da minha tese de doutoramento. Há ali algumas alterações (…), mas o tema é a contextualização do ciberjornalismo, algo a que, no fundo, enquanto jornalista, docente e investigador, sempre dei uma extrema importância”, diz ao JPN.

“Quando falo em contexto falo em contexto histórico, no contexto geográfico, no chamado background, na gíria jornalística, ou seja, o que aconteceu antes, o que é que aconteceu à volta, que pode ajudar a explicar o facto novo que o jornalista está a noticiar”, explica Fernando Zamith.

Para isso, o investigador procurou a contextualização do ciberjornalismo tendo como base a obra de John V. Pavlik, “Journalism and New Media”. A primeira parte do livro é composta por “toda uma densidade teórica”, não só na revisão bibliográfica, mas também com a contribuição das entrevistas realizadas, “depois, um segundo grande bloco que é a parte empírica do trabalho de investigação”.

Fernando Zamith realizou 20 entrevistas a especialistas internacionais, 60 inquéritos a ciberjornalistas e analisou vários órgãos de comunicação social, nacionais e internacionais, presentes na web, chegando à conclusão de que, “10 anos depois, não está ainda cumprida essa promessa de jornalismo contextualizado, do ciberjornalismo contextualizado”. “Ainda estamos longe de lá chegar!”, refere o docente.

Notícia atualizada às 17h26 de 9 de dezembro de 2013