São bons a utilizar o conhecimento, mas não sabem bem como o explorar e questionar. Os jovens portugueses estão à frente dos líderes da tabela – Singapura, Coreia, Japão, Macau (China) e Hong Kong (China) – no planeamento e na execução de soluções para os problemas, mas pensar em abstrato deixa-os com os olhos em bico.

No tópico “planeamento e execução”, as raparigas portuguesas também se destacaram com um desempenho melhor do que os rapazes. Uma diferença de género que não teve paralelo em países como Coreia ou no Japão, onde os homens foram o sexo forte na resolução criativa de problemas.

O relatório não só identifica o problema como apresenta uma medida para o resolver. Portugal deve dar prioridade ao desenvolvimento da agilidade do raciocínio e apostar num ensino orientado para a verdadeira resolução de problemas.

Portugal arrecadou 494 pontos, menos 68 do que Singapura, no primeiro lugar do ranking, e ficou a apenas 6 pontos de diferença da média dos países da OCDE. No estudo, 85 mil estudantes não escaparam ao teste para avaliar as competências na resolução de problemas.

De acordo com a OCDE, a avaliação PISA é feita num momento importante da formação dos jovens e pode mesmo fornecer pistas sobre os padrões de comportamento que estes podem vir a desenvolver no futuro.