A Câmara Municipal do Porto vai proceder à implementação de um sistema de controlo de tráfego moderno, com capacidade de comandar semáforos de forma ativa e inteligente, utilizando a rede de fibra óptica da Porto Digital.
A proposta de abertura do concurso público foi aprovada esta terça-feira na reunião do Executivo camarário com a abstenção de uma vereadora do PSD e de um vereador da CDU.
O investimento é de cerca de 10 milhões de euros, num período de cinco anos para três áreas: “melhoria e atualização dos sistemas de Gestão de Tráfego (semáforos); videovigilância de tráfego; controlo de acessos e sinalização dinâmica”, muitos deles obsoletos atualmente.
O novo sistema trará grandes diferenças em relação ao atual. A principal consiste na interligação de todos os controladores de tráfego existentes e futuros a um novo software de gestão de tráfego.
Também as câmaras de vídeo analógicas vão evoluir para umas com características digital IP o que irá conferir uma maior qualidade de imagem e permitir uma otimização de toda a rede de semáforos do Porto. Atualmente, existem 37 câmaras digitais e as 68 analógicas vão ser substituídas.
Este novo sistema vai permitir, ainda, uma “seleção automática ou dinâmica de planos de regulação de tráfego e regulação dos sinais luminosos”, entre outras funcionalidades.
Na reunião de câmara desta terça-feira, Manuel Paulo Teixeira, um dos técnicos responsáveis pela implementação dos novos sistemas na via pública, explicou o panorama atual e algumas mudanças com exemplos práticos. Atualmente, existem 281 arruamentos com semáforos na cidade, excluindo VCI e Circunvalação e, de acordo com o técnico, “neste território há apenas dez zonas com gestão centralizada e mesmo nessas os sistemas são antigos e pouco funcionais”. A Avenida da Boavista tem apenas gestão centralizada nos seus extremos.
Entre os principais problemas estão a falta de monitorização dos sistemas luminosos, controladores de tráfego descontinuados ou a necessidade de rearme de disjuntores elétricos localmente. O dirigente municipal salientou, ainda, que o software utilizado é de 1993.
Artigo editado por Filipa Silva