A última noite da 19ª edição do Festival Internacional de Tunas Universitárias “Cidade do Porto” (FITU), que prometia privilegiar as tunas da academia, acabou por consagrar os conjuntos espanhóis. Ontem, sábado, a Tuna UNED de Úbeda arrecadou o primeiro prémio, o prémio de melhor porta-estandarte, o de melhor solista e ainda, à semelhança da Antunia de Lisboa, o de melhor interpretação musical (instrumental).

A Tuna da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) levou para casa o segundo prémio e o “prémio Internet”, votado “online” pelos que assistiam à emissão em directo no “site” do Orfeão Universitário do Porto.

O terceiro prémio ficou para a Tuna da Universidade Portucalense. A tuna vinda de Lisboa, a Antunia, conseguiu o prémio de melhor pandeireta e o de melhor instrumental.

“Coliseu do Porto não é ambiente natural das tunas”

“Temos de ter em consideração que o palco do Coliseu do Porto não é o ambiente natural das tunas. As tunas estão fora do seu elemento natural que são as ruas, as tascas, a bebedeira, a janela das donzelas”, defendeu um dos elementos do júri, antes da entrega dos prémios, numa clara alusão a determinados instrumentos “pouco próprios” que as tunas levaram para o palco.

“As congas, os pandeiros e os djembés podem ter boas sonoridades em palco, mas a pandeireta continua a ser o instrumento de percussão de uma tuna”, salientou.

Apesar dos habituais gritos das claques de cada tuna, foi um Coliseu do Porto mais vazio o que este ano recebeu o FITU. Muitas cadeiras ficaram por preencher numa sala que em outros anos esgotou.

Texto e foto: Pedro Sales Dias