Portugal venceu o México por 2-1 e ficou no primeiro lugar do Grupo D do Campeonato do Mundo. Com este resultado, a equipa das “quinas” termina a fase de grupos invicta (três vitórias em outros tantos jogos) e ganha mais um dia de descanso para preparar a partida dos oitavos-de-final.

Tal como tinha anunciado, Luiz Felipe Scolari fez várias mudanças no onze, ao deixar de fora os jogadores “amarelados”, em risco de exclusão. A principal surpresa foi a inclusão de Hélder Postiga, em detrimento de Nuno Gomes. Portugal entrou muito bem no jogo e marcou logo aos cinco minutos. Maniche fez o primeiro da partida, a passe de Simão Sabrosa. O extremo do Benfica foi, aliás, o melhor elemento em campo. Para além da assistência, fez o segundo de Portugal, de grande penalidade. Marquez tocou com a mão na bola na área mexicana e Simão fez o 2-0, aos 25 minutos.

Portugal jogava à vontade, sem pressões, e o resultado poderia ter aumentado com Postiga a rematar para boa defesa de Oswaldo Sanchez. À passagem da meia hora, o México reduziu, por intermédio de Fonseca. A selecção azteca começou a pressionar, mas não conseguia acertar na baliza de Ricardo.

Na segunda parte, só deu México. Portugal limitou-se a defender o resultado e ainda sofreu alguns sustos. Aos 56 minutos, Miguel também tocou com a mão na bola e os mexicanos beneficiaram de uma grande penalidade. No entanto, Bravo atirou com demasiada força e a bola saiu por cima da barra. Apesar de jogar com menos um a partir dos 70 minutos (por expulsão de Perez), a selecção azteca tentou o empate até ao fim, mas sem sucesso.

O resultado acabou por ser favorável às duas equipas, porque no outro jogo Angola e Irão empatavam a uma bola. O México foi o grande beneficiado e apurou-se para os oitavos-de-final. Os “Palancas Negras” despedem-se do Mundial, com uma sensação de “morte na praia”.

Angola esteve a vencer a partir dos 60 minutos, virtude do golo de Flávio. Por um quarto de hora, os africanos sonharam com o apuramento. Mas o tento de Bakhtiyarizadeh, aos 75 minutos, deitou por terra as hipóteses africanas. Angola termina a sua participação no Mundial de estreia num honroso terceiro lugar.

David Pinto
Foto: UEFA