O lema do 19.º Festival Internacional de Marionetas do Porto (FIMP) – “Vamos viver na praça. Venha lá morar connosco!” – é uma hipérbole, mas podia não ser, tal a quantidade de actividades artísticas que a partir desta sexta-feira até dia 20 deste mês vão transformar a Praça D. João I, no Porto, em algo mais do que o pacato e desocupado grande quadrado que costuma ser nos restantes 358 dias deste ano.

O conjunto de portas da cenografia pensada por Nuno Carinhas finge esconder um “palco” – que, na verdade, é a própria praça. É lá que a festa começa, esta sexta-feira às 21h, com o hino do FIMP, composto por Hélder Gonçalves (músico dos Clã) e o escritor valter hugo mãe e interpretado por duas fanfarras – a F.R.I.C.S. e a de São Bernardo. Ambas seguem pela Baixa rumo ao Teatro Carlos Alberto (TeCA), onde “Macbeth”, de William Shakespeare, abre o festival pela mão do Teatro de Marionetas do Porto, a comemorar o seu vigésimo aniversário.

Este fim-de-semana, já instalado em definitivo na Praça D. João I, o FIMP oferece espectáculos e oficinas para famílias. Sábado à noite há circo, a cargo dos franceses Cheptel Aleïkoum, com “(Surtout) ne pas rester seule dans l’herbe”.

A partir de segunda-feira, a par de outros espectáculos (programa completo em PDF), instalam-se na praça duas residências artísticas: “Déviations Marseillaises 1 – Porto”, da companhia La Zouze, de Christophe Haleb, e “Público Alvo”, do Teatro Praga, com ensaios abertos de manhã e de tarde e espectáculos finais sábado, dia 20, no fim do FIMP. Também para a semana a Rádio FIMP inaugura a emissão “ao vivo” com conversas entre criadores e música.