Gustavo Cunha, um dos membros da organização da I Semana de Arqueologia, disse ao JornalismoPortoNet que a iniciativa partiu de alguns alunos do terceiro e quarto anos do curso de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP). A ideia é “criar um espaço de debate de temas relacionados com a arqueologia” para tentar perceber o que está mal e como pode ser corrigido.

Para Gustavo Cunha, esta área “está um pouco à margem da atenção pública”, por isso o evento procura dar-lhe “um pouco de protagonismo” e mostrar às pessoas que a arqueologia “não é só um hobbie de Verão mas sim uma profissão que movimenta diversos sectores”.

Actualmente, há cerca de 600 arqueólogos a trabalhar em Portugal inseridos em Câmaras Municipais, Institutos Públicos e outras entidades. No entanto, segundo este aluno da FLUP, as pessoas “ainda não conseguem ter uma ideia clara do que a arqueologia faz hoje em dia”.

Gustavo Cunha diz que no início foi complicado decidir o público-alvo, mas acabaram por investir num evento voltado para um público em geral e não apenas para arqueólogos. Os temas abordados durante a semana são diversos, actuais e “tocam a todos um pouco”. Durante as sessões são discutidas questões que focam a actualidade política e o alcance da arqueologia em vários sectores da sociedade.

A organização tem contabilizado uma média de 70 pessoas por sessão o que, segundo a mesma fonte, “está a superar as expectativas”. O aluno mostra-se confiante no futuro da iniciativa, a qual espera que venha a ter seguimento nos próximos anos. Nos projectos da organização do evento está também a publicação de um livro com as actas de cada sessão.

A I Semana de Arqueologia está a decorrer durante a semana nos auditórios da Reitoria da Universidade do Porto e da Biblioteca Almeida Garret.

Andreia Parente