Primeiro encontro entre o Ministro do Exterior de Espanha e Colin Powell, em Washington, confirma retirada das tropas espanholas do Iraque.

Miguel Angel Moratinos, assegurou ontem, em Washington, que Espanha vai continuar a luta contra o terrorismo, apesar da retirada das forças de Madrid do Iraque. O novo ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros considera que “os dois governos estão determinados a trabalhar em domínios comuns”, como afirmou à Reuters, considerando ainda que “a retirada das tropas espanholas é uma questão do passado”.

Espanha conta com 1300 soldados no Iraque, onde estão também cerca de 900 militares vindos de El Salvador, Honduras e República Dominicana. No entanto, esta semana, os governos da República Dominicana e Honduras afirmaram que retirariam as suas tropas do Iraque, seguindo o exemplo de Espanha.

George W. Bush considera “repentina” a decisão do governo espanhol e deseja que a retirada “se faça coordenadamente para não por em perigo as outras forças da coligação no Iraque”, afirmou à EFE.

O reforço da contribuição militar espanhola no Afeganistão para compensar a retirada dos 1300 soldados do Iraque foi outro dos temas em agenda. Segundo a Reuters, Moratinos afirmou que é compromisso espanhol continuar a luta anti-terrorista e participar em missões de paz, desde que tenha o aval das Nações Unidas, sublinhou.

Powell, no entanto, não deixa de sublinhar que está confiante na boa cooperação com Espanha, não tendo nada a objectar sobre a decisão “soberana” de Madrid.

Carla Gonçalves