Polónia, Estónia, Letónia, Lituânia, Hungria, República Checa, Eslovénia, Eslováquia, Chipre e Malta são os novos Estados-membros da União Europeia.
A UE torna-se assim no maior mercado único do mundo com mais de 500 milhões de consumidores.
O objectivo da expansão consiste em criar uma Europa estável, mais segura e com uma voz forte no mundo.
Um longo processo de adesão e negociações, em que os 10 novos Estados-membros tiveram de implementar reformas sociais e económicas, mas que termina com grandes expectativas num futuro mais europeu.
De acordo com a União Europeia, este alargamento irá permitir aos cidadãos circularem, estudarem e trabalharem livremente sem fronteiras. As empresas e economias da Europa central e mediterrânea deverão prosperar com a implementação de uma economia de mercado.
Este alargamento representa também um desafio para Portugal, que a partir de 1 de Maio terá de enfrentar mais de 70 milhões de cidadãos europeus dispostos a conquistarem o seu lugar na Europa.
Mas mais do que um alargamento, esta é também uma oportunidade histórica para a reunificação da Europa, pelo menos parte dela, depois de séculos de divisões e conflitos.
Apesar do entusiasmo geral, muitos europeus receiam que com 25 Estados-membros o processo de decisão seja mais demorado. Alguns países acreditam que vão aumentar as divergências numa Europa a 25, que poderá acentuar a divisão da Europa.
Este alargamento implica alterações na estrutura da UE. A Comissão Europeia terá 25 membros, mais cinco de que os que tinha e o Parlamento Europeu passará de 626 deputados para 732. Os Estados-membros mais antigos vão ter menos comissários e os cinco maiores Estados vão perder o segundo comissário.
O maior alargamento da história da União Europeia
Este é o maior e mais ambicioso alargamento da história da UE desde a fundação da Comunidade Económica Europeia, em 1958 com seis países fundadores: Alemanha, França Bélgica, Luxemburgo, Holanda e Itália. O segundo alargamento ocorreu em 1973 com a entrada do Reino Unido, Irlanda e Dinamarca, a que se seguiu a Grécia em 1981 e Portugal e Espanha em1986.
A quarta expansão foi em 1895 com ingresso da Finlândia, Suécia e Áustria, em que a CEE passou a designar-se União Europeia. Com este quinto alargamento a UE passa de 15 para 25 Estados-membros.
No total candidataram-se 13 países para entrarem na União Europeia, três dos quais ficaram de fora por não terem cumprido os critérios de adesão. São eles Bulgária, a Roménia e a Turquia. Está previsto que a Bulgária e a Roménia sejam os próximos países a aderirem já em 2007. Relativamente à Turquia, tem sido uma candidatura muito pouco consensual e que aguarda uma posição oficial de Bruxelas.
Mas este alargamento não fica por aqui, a Croácia e Macedónia já se candidataram oficialmente para ingressarem na União Europeia. No entanto outros países balcânicos poderão candidatar-se se cumprirem os requisitos de adesão.
O processo de integração, a moeda única, o progressivo desenvolvimento de uma Política Externa e de Segurança Comum vai aumentar a influência da UE na esfera mundial.
Com este alargamento foi dado mais um passo na concretização de uma Europa do Atlântico aos Urais que mobilizou os países fundadores da Comunidade Europeia a 9 de Maio de 1950.
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