A Al-Qaeda, organização terrorista à qual se atribui a responsabilidade pelos atentados de 11 de Setembro em Nova Iorque, oferece agora ouro a quem matar personalidades com responsabilidades a nível internacional, como Kofi Annan.

O comunicado foi divulgado ontem por um site islamista na Internet, e consiste num registo áudio. De acordo com a Reuters, a gravação é atribuída ao líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, mas a autenticidade do comunicado não está ainda confirmada.

Segundo a Reuters, a CIA está ainda a investigar a autenticidade da gravação para confirmar se se trata ou não da voz de Bin Laden. No entanto, um porta-voz dos serviços de inteligência americanos declarou que a voz era parecida com a do líder da Al-Qaeda.

Dez quilos de ouro como recompensa

A gravação refere que será oferecida uma recompensa em ouro a quem assassinar o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan. O comunicado refere ainda outros nomes de altos responsáveis, tal como Paul Bremer, administrador civil do Iraque.

De acordo com o comunicado serão oferecidos dez quilos de ouro por cada assassinato destes responsáveis. Segundo informação avançada pela Reuters, esta oferta cifra-se em cerca de 125 mil dólares, no preço corrente do ouro.

Além de Kofi Annan e Paul Bremer, no rol da lista negra da Al-Qaeda está também um enviado especial de Kofi Annan ao Iraque, Lakhdar Brahimi. Este último responsável está encarregado de elaborar um plano para a transferência de soberania e formação de um governo provisório no Iraque. Brahimi deverá assumir funções a 30 de Junho.

Apelo à jihad islâmica

A voz que surge na gravação do comunicado apela ainda a uma guerra santa (jihad) contra os Estados Unidos, bem como contra todos aqueles que apoiaram a intervenção militar no Iraque.
Na gravação atribuída à Al-Qaeda são ainda oferecidas 500 gramas de ouro a quem assassinar cidadãos de outros países aliados dos Estados Unidos, como o Japão ou a Itália.

Por outro lado, os Estados Unidos oferecem uma recompensa de 25 milhões de dólares a quem fornecer informação que ajude a capturar Osama Bin Laden, considerado como o responsável máximo pelos atentados de 11 de Setembro.

Foto: Reuters

Ana Correia Costa