Um dos grandes receios que ensombra ainda o comércio electrónico, aos olhos do consumidor comum, reside na falta de segurança que ele pode representar. Contudo, segundo a ANACOM, é “possível uma compra tão segura como a que é feita numa qualquer loja comum”. E para isso, a entidade reguladora do comércio electrónico em Portugal deixa alguns conselhos.

Em primeiro lugar, e antes de cair na tentação de uma compra desenfreada, o utilizador “deve ser capaz de pesquisar bem o que interessa e comparar ofertas”, recorrendo, de preferência, a “lojas conhecidas ou que lhe tenham sido recomendadas por algum amigo”. Mas como nestas coisas, nem os amigos estão ainda isentos de errar, deve ainda “certificar-se de que a loja escolhida se encontra devidamente identificada” e que oferece uma política de garantia e condições de reclamação.

Uma vez que isto esteja feito, é então altura de partir para a compra. E aqui, há várias coisas a ter em atenção, sendo que a mais importante (no qual assentam os maiores medos dos utilizadores) reside na altura em que se tem de fornecer os dados pessoais ou financeiros ao site de compras. Como todo o cuidado é pouco, o utilizador “deve certificar-se de que a informação está a ser transferida de forma segura”, estando atento a avisos que possam surgir no ecrã e lendo, previamente, as condições oferecidas pelo site em termos de segurança. Ainda no preenchimento do formulário, o utilizador deve “estar atento e, se possível, “solicitar uma data concreta de entrega”. Finalmente, e como infelizmente as coisas não são de graça, a ANACOM aconselha também que o pagamento seja feito por transferência com cartão de crédito, em vez do pouco cómodo pagamento por contra-reembolso.

Mas não se esgotam aqui os cuidados a ter numa compra na Internet. Assim, após receber a encomenda o cliente deve “certificar-se de que os produtos não são diferentes daqueles que encomendou”. Caso isso aconteça, reter o produto é a opção mais fiável, sendo que “a devolução para troca só deve ser feita depois de resolvido o conflito”.

Tiago Reis