Depois de três meses no Salão de Inverno do Teatro S. Luís, a peça progonizada por duas manicures, ou “escultoras de nails”, como preferem ser chamadas, chega agora ao Porto. “Celadon” desenrola-se num “salão de nails”, igual aos muitos que povoam os centros comerciais do país.
Confinadas às quatro paredes de um centro comercial, as personagens de Bola e Rueff sonham e fazem planos para serem famosas. É em torno dos seus sonhos de uma fama oca e de episódios da sua vida que se desenrola a acção. A peça critica também “de uma forma muito leve aqueles que são famosos só por existirem”, diz Maria Rueff.
Ana Bola é autora do texto e classifica o humor de “Celadon” como “muito simples e muito abrangente”. O título pode para muitos ser estranho, mas a explicação fica no segredo dos deuses. A actriz diz ainda que “é muito agradável trabalhar no Porto” depois da calorosa recepção que a peça teve no primeiro espectáculo.
De um espaço mais intimista como o Salão de Inverno, a peça está agora a dar os primeiros passos em palcos maiores. “Tínhamos algum receio que o espectáculo se perdesse no palco, mas ele acabou por ganhar outra dimensão, que nós não sabíamos que ele tinha”, revela Rueff.
“Celadon” está em cena no Rivoli até amanhã.