Ocupada pelos Romanos no século II a.C., a verdadeira história do Mónaco inicia-se só no século XIII com a dinastia Grimaldi, que dará origem ao actual Principado, um conjunto de terras que se foram desenvolvendo à volta de um rochedo situado entre França e Itália, no extremo leste de Provença.

A 10 de Junho de 1215, os genoveses apoderam-se da região. Os Grimaldi iniciam a construção de uma fortaleza que viria a ser o actual Palácio do Príncipe. A soberania do território é obtida por Fulco del Castello ao Imperador Henri VI. A partir daí apostou-se numa política de atracção de população através da concessão de terras e isenção de impostos.

Os Grimaldi são expulsos de Génova e refugiam-se na Provença. François Grimaldi consegue tomar a posse do território no fim do século e assim dar início à dinastia.

Só em 1512 a independência do Mónaco viria a ser reconhecida pelo rei de França, Luís XII. Quase três séculos depois, em 1793, o Mónaco é anexado à França, sob o nome de “Fort Hercule”, e em 1814 o primeiro Tratado de Paris veio atribuir o principado ao Príncipe.

Ainda que perdendo cerca de 80% do seu território, o Mónaco reconquista a independência em 1861.

A era do “glamour”

O pequeno país é conhecido pelo seu exponencial desenvolvimento turístico e pelo progresso económico impulsionados pela aposta do Príncipe Carlos III em atrair a alta sociedade internacional. O monopólio do jogo é concedido à Société des Bains de Mer que, em 1863, abre o primeiro casino. Em 1866 nasce o centro Monte Carlo.

O ano de 1911 é marcado por dois acontecimentos decisivos no Mónaco: o principado torna-se uma monarquia constitucional, com Alberto I, e é organizado o primeiro Rali Automóvel de Monte Carlo.

Em 1918 um tratado serviu para delimitar a protecção da França sobre Mónaco. O tratado estabeleceu que a política monegasca estaria alinhada à da França, da mesma forma que os interesses militares e económicos.

Em 1951 inicia-se o principado de Rainier, que viria a ser o reinado mais longo da Europa actual. Com este príncipe fortalece-se a identidade monegasca.

Sob a sua égide, uma nova constituição, promulgada em 1962, aboliu a pena de morte, permitiu o voto feminino e nomeou uma Corte Suprema para garantir as liberdades básicas.

O Mónaco é membro das Nações Unidas desde 1993.

Letícia Amorim
Foto: Monaco Online