Um morto e pelo menos uma mulher e uma criança feridas. São três as vítimas portuguesas do incêndio, desta madrugada, num hotel no centro de Paris. Segundo o último balanço, o número de mortes no sinistro já subiu para vinte, dez das quais são crianças.

O embaixador português em Paris, João Rosa Lã, já confirmou a morte do português. Rosa Lã, em declarações ao JPN, diz que “existe, também, já montado na embaixada e no consulado um dispositivo para dar a assistência necessária aos portugueses que aparecerem feridos”.

Entretanto, fonte da secretaria de Estado das Comunidades anunciou “a existência de duas cidadãs portuguesas, uma mulher de 27 anos e uma criança de dois, hospitalizadas com diagnóstico reservado”. Segundo a mesma fonte, a secretaria “está a acompanhar a situação das portuguesas feridas”, desconhecendo se as vítimas eram turistas ou residentes em Paris.

O incêndio teve origem acidental, apesar de ainda serem conhecidas as suas causas, de acordo com fonte da polícia francesa, citada pela France Presse. Os peritos, “segundo os primeiros elementos recolhidos, não encontraram qualquer elemento que indicie tratar-se de um acto com origem criminosa”, explicou.

As chamas atingiram ainda 13 pessoas gravemente e 60 de forma ligeira, de acordo com os últimos dados avançados pela mesma agência. Algumas pessoas saltaram dos andares superiores do hotel para fugir ao fogo.

O hotel Paris-Opera era habitado por 76 pessoas, a maioria dos quais imigrantes africanos, e era usado pela segurança social francesa para albergar pessoas sem recursos.

De acordo com a France Presse, entre as vítimas contabilizam-se também cidadãos de nacionalidade francesa, senegalesa, costa-marfinense, norte-americana, ucraniana e tunisina.

O incêndio destruiu por completo o Paris-Opera e foi já considerado um dos mais mortíferos nos últimos vinte anos em Paris.

Milene Marques
Foto: Xinhua