“Nós somos uma faculdade muito pequena e o facto de eu ser presidente permite-me fazer coisas significativas. Por exemplo, introduzimos semanas temáticas. Tivemos a semana da saúde mental. Tivemos uma semana de comércio que correu muito bem”. É desta forma apaixonada que Tatiana Cosmes fala da sua vida de dirigente associativa. A presidente da Associação de Estudantes da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da UP diz “adorar” a função que desempenha.

Tatiana Cosmes é presidente da associação de estudantes desde Junho do ano passado. Desde então já teve tempo de avaliar os principais problemas da faculdade. “Temos problemas principalmente a nível de espaço. Nos dias em que há aulas práticas torna-se muito complicado fazer alguma coisa. O edifício está muito degradado. Temos também problemas com os professores, que não entregam as notas a tempo, com a reprografia, porque não é tão eficaz quanto isso e perdem-se apontamentos, mas a principal dificuldade é conseguir mobilizar os alunos para uma causa comum”, afirma.

Aos problemas da faculdade somam-se às dificuldades de se ser dirigente associativa e simultaneamente estudante. Ainda assim, Tatiana Cosmes afirma que o facto de presidir a associação não é impedimento para se ser boa aluna: “A associação tira-me imenso tempo para ir às aulas, mas orgulhosamente somos dirigentes associativos que não perdem aulas. Consideramos que para se ser um bom dirigente associativo é preciso ser-se um aluno a tempo inteiro”. Tatiana diz que às vezes falta às aulas, mas que nunca deixou nenhuma cadeira para trás por causa da associação.

A par das dificuldades, Tatiana Cosmes realça as alegrias de ser presidente da Associação de Estudantes da FPCEUP. “Temos uma relação bestial com os nossos professores. Em regra geral, eles estão muito próximos de nós. Temos uma relação de extrema cordialidade com o conselho directivo, que ajuda muito as associações académicas”, diz. No entanto, para Tatiana a melhor coisa é a extrema união que existe entre os alunos da instituição.

Quanto à imagem que passa da faculdade para o resto das instituições, Tatiana Cosmes fala do estigma das raparigas de psicologia: “Acho que se costuma dizer que psicologia é a faculdade com mais raparigas. Na queima costuma-se dizer que são as mais giras e as mais malucas”. Mas a presidente da Associação de Estudantes de Psicologia pensa que a imagem da faculdade não se esgota aqui. “O resto da universidade acha que somos as pessoas que tratam dos maluquinhos. Penso até que alguns acham que somos mais malucos do que aqueles que tratamos”, diz.

Andreia Ferreira