“Viemos essencialmente para estarmos todas juntas. É o nosso último ano como estudantes”, afirma Lucinda Azevedo, finalista de Geografia. A aluna da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (UP) não tem muitas expectativas em relação aos concertos da noite. “Hoje acho que os concertos são ser um bocado chatos, um bocado parados. Os Fingertips só têm dois ou três músicas conhecidas. Os Clã têm mais, mas penso que a noite vai seu um pouco cinzenta na mesma em termos de concertos”, afirma Lucinda Azevedo. Ainda assim, a estudante diz ter gostado do concerto dos Clã do ano passado.

Mafalda Barros, aluna de psicologia, confessa que veio à queima só para ver os Clã. “Eu nem sabia que iam estar cá os Fingertips”, diz a estudante. A aluna da Universidade Lusíada diz que veio ver os Clã por causa das músicas do grupo. “Eu já vim ver os Clã o ano passado, por isso já sei mais ou menos como é. Venho essencialmente porque gosto de algumas músicas. Mas, sinceramente nem acho o concerto muito animado. A vocalista não interage muito com o público”, afirma a estudante.

Quanto ao cartaz deste ano, Mafalda Barros defende que não há muitas alterações. “É sempre parecido. Há dias melhores do que outros, como todos os anos. A única novidade deste ano é a ausência dos Xutos e a presença do João Pedro Pais”.

“O ano passado adorei. Foi muito especial”, afirma Gualter Carvalho, estudante universitário. O aluno veio ao queimódromo para ver os Clã e espera que eles sejam “tão bons ou melhores do que o ano passado”. Quanto ao cartaz, o estudante de psicologia diz que é “razoável”. “é pena não ter bandas internacionais de renome”, afirma Gualter.

Os Fingertips começaram a actuar às 23:30h, meia hora mais tarde do que o inicialmente previsto. O concerto decorreu num ambiente de festa e durou cerca de uma hora e meia.

Seguiram-se os Clã, que actuaram até perto das três horas da madrugada. No final, o clima de festa era visível e as opiniões mais ou menos unânimes. O concerto dos Clã foi muito bom, gostei muito”, afirma Teresa Oliveira, aluna da Faculdade de Letras. A estudante não gostou tanto do primeiro concerto, porque diz que o vocalista dos Fingertips “desafinou”. Ainda assim, a aluna diz que foi uma “noite agradável”.

Também Ricardo Costa, de Engenharia, diz ter gostado dos concertos. “Os Clã estiveram muito bem, sempre a interagir com o público. Os Fingertips não fazem tanto o meu género, mas também não estiveram mal”. Já Carla Teixeira, de Biomédicas, diz ter “adorado” os dois concertos. “Foram os dois muito bons. Acho que os Fingertips para o ano mereciam ser a banda principal e não apenas de abertura”, diz a estudante.

Depois dos concertos acabarem, os estudantes encheram as barracas para continuarem a festa. Segundo a organização da Queima, apesar da grande afluência dos estudantes, ainda não houve qualquer problema ou distúrbio registado. Na noite anterior, estiveram no queimódromo 50 mil pessoas.

Andreia Ferreira