No primeiro semestre, os dias de chuva foram praticamente inexistentes. As sementeiras da Primavera, que estão a decorrer, mostram agora os primeiros resultados agrícolas: a produtividade é muito baixa, há falta de humidade nos solos e o recurso à rega está condicionado pela falta de água. O Instituto Nacional de Estatística (INE) prevê quebras nas colheitas do Outono/Inverno, principalmente dos cereiais.

A juntar a isto, os gados dispõem de menos alimentação natural, porque os pastos não têm condições climatéricas ideais para o seu crescimento, o que acarreta aos agricultores um disparo nos custos de produção, para além da diminuição dos produtos de origem animal.

O quente e seco mês de Maio serviu para agravar ainda mais a seca deste primeiro semestre. Só nas albufeiras, devido à falta de chuva durante o mês anterior, o conteúdo de água apresentava valores abaixo dos normais para a época.

Os malefícios trazidos pela seca deste ano terão implicações directas na capacidade regenerativa das pastagens e na produção do ano que vem, conclui o estudo.

Bruna Pereira
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