A cidade da Guarda acolhe, desde quinta-feira, o festival de novas músicas “Ó da Guarda”. O evento pretende promover o turismo alternativo na cidade mais alta de Portugal, através de concertos de música experimental.

Quem se deslocou ontem ao pequeno auditório do Teatro Municipal da Guarda, pôde assistir ao espectáculo de Vítor Joaquim e Lia, artista plástica austríaca que criou as ambiências visuais em tempo real para a música electrónica improvisada.

Hoje, actuam os ZNGR Electro-Acoustic Ensemble, quinteto que, com base no thrash metal, procura melodia no ruído, considerando que este é mais importante do que as notas musicais.

Amanhã, os noruegueses Supersilent (na foto), que misturam o hardcore/noise com os sons industriais e o jazz, sobem ao palco do grande auditório. O colectivo de improvisação “Ó”, constituido por músicos da Guarda, encerra o certame no café-concerto.

Para além dos concertos, o “Ó da Guarda” apresenta ainda uma conferência do crítico e ensaísta Rui Eduardo Paes sobre a utilização da voz nas criações musicais contemporâneas, hoje à noite, no café-concerto.

O “Ó da Guarda” surgiu em 1997, inicialmente pelas mãos da Câmara Municipal. Esta é a terceira vez que o Teatro Municipal da Guarda é a entidade responsável pelo evento.

A organização refere que passaram pelo festival “dezenas de artistas, das mais distintas áreas da vanguarda e da improvisação, do jazz e da electrónica, passando também pela reciclagem de sons já gravados”. Os organizadores destacam o facto de o festival atrair muito público de Lisboa e Porto.

Outros eventos

O festival “Ó da Guarda” não é a única iniciativa do género levada a cabo pelo Teatro Municipal da Guarda. Esta entidade é responsável pela organização de eventos como o festival “Jazz nas alturas”, que decorreu em Maio passado, ou o “Acto Seguinte – Festival de Teatro da Guarda”, que levará até esta cidade companhias nacionais e espanholas.

Carlos Luís Ramalhão
Foto: underdusken