IP5 é a estrada mais perigosa do país. Desde que foi aberto, morreram no IP5 400 pessoas.

Só em 2002 morreram 98 pessoas na estrada colombiana Cordillera Real, a mais perigosa do mundo. Mesmo sem atingir números tão catastróficos, a realidade portuguesa é negra. Segundo a edição de hoje do diário britânico “The Times”, que recorre a dados de 2000, Portugal tem a taxa de mortalidade nas estradas mais alta da Europa dos 21, mais do triplo da taxa britânica.

Há 14,1 mortes por cada bilião de quilómetros percorridos em estradas nacionais. No Reino Unido, há apenas duas mortes.

O jornal destaca a IP5, que liga Aveiro a Vilar Formoso e que funciona como a principal ligação de Portugal à Europa. “É também uma das estradas do país mais difíceis para conduzir, passando rapidamente do nível das montanhas para o do mar”, escreve o “The Times”.

Desde que o IP5 foi aberto, há uma década, “as curvas apertadas, as marcas na estrada pouco claras e espaços para ultrapassagem arriscados tiraram a vida a quase 400 pessoas”.

O artigo refere também a perigosidade das estradas espanholas, em particular a N340, que vai do Oeste de Malaga até Torremolinos, Fuengirola e Marbella, conhecida como “auto-estrada da morte”.