O cantautor norte-americano Andrew Bird actua terça-feira pela primeira vez em Portugal. O local do concerto é o Lux em Lisboa. Na sexta-feira, o músico de Chicago dirige-se para Norte, onde toca na Casa das Artes de Famalicão.

Bird vai actuar sozinho em palco. O violino é o instrumento principal, mas Bird manipula, como uma orquestra condensada num homem, “loops” de múltiplas proveniências (assobios, uma guitarra ou um glockenspiel são presenças habituais nos seus concertos).

O último trabalho de Bird, “The Mysterious Production of Eggs”, eleva-o à primeira divisão dos escritores de canções norte-americanos. A crítica refere-o como um criador de “canções inspiradoras”, capaz de fazer pop através de instrumentos conotados com a música clássica (já foi professor de música).

Apesar das comparações naturais a Beck, Rufus Wainwright ou Ed Harcourt, “The Mysterious Production of Eggs” é único e deve figurar em muitas listas dos melhores discos do ano.

Apesar de só ter tido sucesso este ano com o último álbum (lançado nos Estados Unidos pela editora de Ani DiFranco, a Righteous Babe), Andrew Bird conta já com seis discos no seu currículo, alguns deles com os Bowl of Fire, numa carreira que começou em 1996 com “Music of Hair”.

No currículo de Bird está também a colaboração com os Squirrel Nut Zippers e a composição da banda-sonora de um filme de Tim Robbins.

Pedro Rios
Tiago Dias
Foto: DR