O Governo vai acabar com a época oficial de fogos por entender que o risco de incêndio não está confinado ao período entre 1 de Junho e 30 de Setembro, avança a agência Lusa, citando fonte do Ministério da Administração Interna.

Na Comissão Permanente da Assembleia da República, em Lisboa, que reúne terça-feira, o Executivo deve também aprovar a constituição de uma frota própria de meios aéreos de combate aos fogos e de um corpo de bombeiros profissional do Estado, preparado para responder, durante todo o ano, a incêndios florestais e situações de catástrofe, como sismos ou cheias.

O fim da época oficia de fogos é acompanhada da criação de um dispositivo permanente de acompanhamento do risco de incêndios. O dispositivo terá duas fases: a Alfa (que começa a 1 de Janeiro) e a Bravo, que será accionada quando o risco é maior (Junho e Julho).

A GNR vai passar a controlar todo o sistema de vigilância de incêndios florestais, que passará a ser unificado.

Para aumentar a operacionalidade, o Executivo vai fundir os Centros de Prevenção Distrital (que dependem do Ministério da Agricultura) com os Centros Distritais de Operações de Socorro (que dependem do Ministério da Administração Interna).

As medidas surgem num ano particularmente difícil para os bombeiros. De acordo com dados divulgados no passado dia 30 de Agosto por António Costa, os incêndios florestais consumiram desde o início de 2005 uma área estimada em 240 mil hectares.

Pedro Rios
c/ Lusa
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